segunda-feira, 28 de março de 2011

Do novo casamento

Logo depois de terminar o post anterior, fui colocar meu filho (doravante denominado MF) na cama. Enquanto ele escovava os dentes comigo do lado, começou o diálogo que segue. Observações minhas em itálico:

MF: Você nunca pensou em casar de novo ?
Eu: De onde você tirou esse assunto agora ?
MF: Tava pensando na minha esposa (ele fala assim, acho fofo).
Eu: Pensando o que ?
MF: Que ela vai escovar os dentes comigo, assistir tv comigo, dormir comigo. Nunca quero estar sozinho. Fico carente.
Eu: Sei. Não, por enquanto não tenho vontade. A última vez que pensei foi com o Fulano, mas desisti.
MF: Ufa.
Eu: Ufa o que ? Não quer que eu case ?
MF: Prefiro não.
Eu: Por que ?
MF: Porque se um dia quando acontecer alguma coisa excepcional eu quiser dormir com você não vai dar. A cama vai estar ocupada com o seu mariiiido (ênfase irônica no iii).
Eu: Meio egoísta da sua parte, né ?
MF: É.
Eu: E você não se importa de o seu pai se casar de novo ?
MF: Não, é diferente.
Eu: E eu não posso ?
MF: Só se for com o meu pai.
Eu: Ih, meu filho, esquece. Não tem a menor chance.
MF: Por que você se separou dele ? (a culpa é minha, claro)
Eu: explicações genéricas para filhos
MF: Ahn. E quem decidiu que eu ia morar com você ? Teve briga ?
Eu: Não, os dois concordamos.
MF: Ahn. Eu queria todos reunidos, é um sonho meu.
Eu: Eu sei, filho, mas não vai rolar. Somos uma família separada. Mas teu pai te ama muito, etc etc etc
MF: Tudo bem.
Eu: Tudo bem mesmo ? Ficou triste ? (eu é que fiquei culpada)
MF: Não.
Eu: Quer perguntar mais alguma coisa ?
MF: Não.

A essas alturas ele já estava na cama, ficamos abraçados um pouco e saí. Tenho certeza de que ainda está acordado.

Origens de tráfego

Há tempos não encontro nada que valha a pena na minha pesquisa da ferramenta Origens de Tráfego. Mas descobri que esses dias alguém chegou  ao nosso blog após digitar a frase


casar com mulher separada e com filhos é foda


Sim, meu camarada.  É foda pra ela. Como legítima representante da categoria, acho tão foda que nem cogito me casar 
novamente. 


Se estiver lendo isso e quiser se manifestar para um debate amigável, feel free.

domingo, 27 de março de 2011

A vida selvagem da separada

Queridas amigas, queridas leitoras,

escrevo para compartilhar mais uma cena bucólica vivida aqui em minha aprazível vizinhança. Vocês já sabem que estou cercada por bares de pagode, que tocam o mesmo repertório há trezes meses. Neste instante, por exemplo, estão gritando "ô coisinha tão bonitinha do pai". E assim por diante.

Minha aprazível rua serve, como não poderia deixar de ser, como estacionamento a céu aberto. E, já que não possuo automóvel desde que me separei (o nosso ficou com Birita's e nunca tive dinheiro sobrando para comprar outro), os guardas da rua sabem que minha garagem virou jardim. Uma coisa leva à outra, e constantemente me deparo com carros estacionados em frente ao meu portão.

Isto me deixa FURIOSA, minhas queridas. Realmente FURIOSA.

Principalmente porque sei que restaurantes faturam o dinheiro de clientes incautos, que estão pagando para algum manobrista energúmeno parar na frente da minha garagem. E mais principalmente ainda porque tudo isso tem a conivência dos guardas da rua, que sempre exclamam perplexos: "não vi quando pararam aí".

Pois hoje, quando saí para ir à padaria, tinha um carro parado na porta. Andei até o fim da rua e encontrei o guarda visivelmente bêbado. Reclamei e ele balbuciou mais uma desculpa inaceitável. Caminhei de volta para casa, deixei minha bolsa na cozinha, e peguei um pedaço de arame. Saí novamente, e um grupo de amigos (duas piriguetchys e dois afrodescendentes de grande estatura - leia-se negões) pediu que eu tirasse uma foto deles. Eu, muito simpática, obedeci. Logo depois de devolver a câmera, perguntei: esse carro é de vocês ? Eles: não. Eu: que bom. Acocorei-me, peguei o arame e comecei a esvaziar o pneu. As Piri gritaram, já no outro carro: isso aê, amiga !!!! Esvazia os quatro !!! Chama o guincho !!! E se mandaram.

Os dois afrodescendentes de grande estatura, estimulados pelo meu short really short, a posição de cócoras e a vingança de Cachorra, exclamaram : "você ê mesmo má !"
Eu: vocês não viram nada.
2adge: Você é solteira ou casada ?
Eu: estou ocupada, pessoal.
2adge: Você gosta de funk ?
Eu: não.
2adge: É que somos DJs de funk, vamos tocar agora na Love Story, a gente quer te convidar.
Eu: Meu filho pequeno está aí dentro de casa.
2adge: Não deixa ele ver isso que ce tá fazendo, hein ? Você é ruim mesmo.
Eu: pois é.

Eles partiram. O pneu esvaziou. Senti-me muito bem. Fodam-se os manobristas, fodam-se os guardas. Se quiserem parar na minha porta, TERÃO QUE PAGAR.

PS: é possível que, muito em breve, a Poderosa Ísis relate as graves conseqüências de seu ato de rebeldia contra o sistema. Tenho imaginado meu portão pixado com palavrões, como nos filmes americanos. Ou algo pior.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Planeta Lamma

Daminhão Experiença, meu mais novo Oráculo (ver post abaixo), escreveu um livro intitulado Planeta Lamma. Eis um excerto (sorry pelo tamanho, mas vale a pena):

"Como eu estava falando, a mulher é igual ao homem, os direitos são iguais, mas ela se vê inferior ao homem, os pensamentos são iguais; Porque os homens tomaram o poder? Porque os homens são mais espertos, apesar dos direitos serem iguais.

Mas ela se acomodou demais, ficou esperando o homem trazer para casa o dinheiro, a comida, ficar entregando, o corpo dela por um prato de comida, por dinheiro, pela vaidade, mas nem todas as mulheres. Tem mulher que vem com o instinto do homem dentro dela, ser independente, ela diz "não", você trabalha, eu trabalho, eu quero ter o meu dinheiro, não o seu, o seu é seu, o meu é meu. Existem aquelas outras que se acomodaram, a querer só ter neném, e dizer "ah, o meu marido é que tem dinheiro, o meu marido vai trabalhar e traz, você é uma boba. Boba, boba é aquela que fica sob o domínio do marido, que aquilo ela tá pagando, porque uma mulher que pari, tem dois ou tres filhos e fica subordinada ao homem é uma sofredora, ela é uma mulher que não tem nada; realmente ela trabalha, dentro de casa, não vamos negar a verdade, de jeito nenhum, mas da maneira que ela trabalha, é um trabalho inútil, porque você pode dizer que sua mãe pode criar os filhos, mas isso é bobagem porque na selva,os animais, desde eles nascem, os filhos já estão procurando se desenvolver por eles mesmos (...) O que acontece com elas, elas ficam o tempo todo dentro de casa, todas calejadas, toda deformada, fica uma mulher sem fazer nada, sem desenvolver o corpo dela. Conclusão: Os homens, maridos delas, passa dentro de casa a não olhar mais elas como olhava antes quando ela era novinha. É um problema de falta de desenvolvimento de sua própria mente. 0 homem vê a mulher dele, buchuda, com aquele barrigão, sem estar grávida nem nada, o homem fica dentro de casa contra a vontade dele, e as vezes ele tem relações com ela por obrigação, não por desejo, não porque ele tem mais aquele amor.

Agora sim. vamos dar a Cesar o que é de Cesar, realmente,quando agente ama uma pessoa, a gente ama para valer, mas com a continuidade do que vai acontecendo, agente passa a considerar aquela pessoa como uma irmã, ou uma mãe, uma pessoa bem íntima da gente (…) Porque tem umas que tem condições financeiras, mas nem todas tem condições financeiras para fazerem o que querem, porque como eu vejo por aí, pelo mundo afora, é apenas uma minoria de mulher que tem umas regalias, que fazem ginástica, porque tem uns recursos melhores, mas são contados nos dedos, não podem ser comparadas com a maioria de mulheres que existem no mundo. Conclusão: Aí a mulher brasileira até se relaxa e o marido rejeita ela dentro de casa e tem ela como se fosse uma irmã, elas as vezes querem e ele não quer, diz que está cansado e que tá isso ou aquilo. Sabe o que é isso, não tá cansado não, é porque lá fora pinta mulheres de montão, se ele realmente trabalha num escritório e tiver situação financeira boa, ainda é melhor, cada dia ele pega uma mulher mais linda, aí quando ele chega em casa e vê a mulher dele, nas condições em que está, com tres ou quatro filhos já completamente estragada, vai querer o que dela, um carinho, porque o que é que ele diz, diz que está cansado, que fez isso, fez aquilo. Mas não foi não, ele já esteve com ela, já amou aquela menina que ele ama, não é uma só, porque todas as mulheres,sem exceção, tem os mesmos direitos dos homens, mas não tem a mesma liberdade que eles tem. Mas se ela soubesse as forças que elas tem, para ter a mesma liberdade que ele tem, ela não estava tão assim, abaixo de tudo, e não estavam brigando, como elas andam brigando por aí, porque os direitos são iguais, mas não podem ser direitos iguais, de jeito nenhum, não podem mais ser direitos iguais, vocês se acomodaram de mais, agora vocês tem que assumir, porque o desenvolvimento do mundo vai ser o que está acontecendo aí, aí umas ficam desesperadas, largam o marido, e isso é que é pior, vocês largarem o seus maridos, porque mal ou bem, ele ainda quebra o galho de vocês, e se elas largarem os maridos, vão ficar na sargeta, vão ficar encostadas nas suas mães, nos seus pais, num conhecido, e isso aí ainda é pior, então é preferível elas ficarem com eles, isso deve ser pensado antes de casar, mas elas estão acomodadas com papai e mamãe, naõ pensam no dia de amanhã, em seu futuro, na verdade das suas vidas, e depois ficam se lastimando.

Tenho 45 anos e não me casei, porque eu não tenho condições. Então vocês pensem isso antes, não casem sem vocês terem condições."

Descoberta

Eu nunca tinha ouvido falar do Daminhão Experiença. Este sábio, vindo do Planeta Lamma (ou seja, do nosso. Ver tag: Utilidade Pública) tem muita coisa a nos ensinar, pobres ruminantes. Este clip que selecionei é sobre sua relação com as mulheres:



terça-feira, 22 de março de 2011

Respiro na labuta

Peoples que moram em São Paulo, vocês sabiam que Kassie, nosso prefeito, é cantor? Eu também não! Kriquem aqui e confirmem no youtubiu: http://www.youtube.com/watch?v=d2aeRg_yMSE&feature=related






sexta-feira, 18 de março de 2011

Interpretação de texto

Sabe, gents, eu estudei letras. E lá aprendi a fazer incríveis análises de poemas, que mais se pareciam com dissecações de cadáveres.


Achei então que a letra do sucesso Piriguete, do MC Papo (vide postagem abaixo), merecia uma interpretação. Como isso é um blog e não um TCC, criei uma técnica analítica express. A interpretação, inspirada pelos bares de pagode que me circundam, segue em vermelho:


Piriguete (MC Papo)

Refrão

Quando ela me vê
ela mexe
piri pipiri pipiri piri piriguete
rebola devagar
depois desce
piri pipiri pipiri piri piriguete



Profusão de aliterações e assonâncias, que reproduzem o movimento contínuo, acelerado e energético de uma locomotiva (no caso, a piriguete). Evidente trocadilho piri/pire (do verbo pirar), denotando o efeito de descontrole provocado no eu lírico pela presença de representantes da categoria piriguetística. Este trecho homenageia também um ícone da categoria (aqui imortalizado na gravação caseira de um fã): 




Prosseguindo: 

Mini-saia rodada, blusa rosinha
decote enfeitado com monte de purpurina

início da contextualização sociocultural, com dicas de muóda e referências ao universo infantil
Ela não paga, ganha cortesia
Foge se a sua carteira tiver vazia
Nota-se neste trecho um misto de admiração e revolta do eu lírico, vitimizado pela P.


Vai na Micareta
vai no Pop Rock
Festa de axé ela só anda de top

Primeiro equívoco do eu lírico, que associa a categoria tão-somente aos gêneros musicais que agradam às camadas populares. MC papo, você ficaria espantado com as P. que freqüentam os camarotes do Theatro Municipal.

Ela usa brilho, piercing no umbigo

Oposição entre a piriguete e a mãe de família
Quando toca reggaeton quer ficar comigo


Quando ela me vê
ela mexe
piri pipiri pipiri piriguete
rebola devagar
depois desce
piri pipiri pipiri piriguete
2x

Foto de espelho na exibição

Que diabos será isso ?
Ela curte funk quando chega o verão

Notem que, a todos os estilos musicais mencionados, correspondem danças com típicas ondulações e espasmos da pélvis - remetendo, portando, ao coito.
No inverno essa mina nunca sente frio
desfila pela night anglicismo que denota a globalização da categoria de short idem curtindo

Um cinco sete de marido
utilização de metonímia (parte pelo todo) que remete ao código penal, significando que a piriguete é uma autêntica "chave de cadeia".
ela gosta é de cara comprometido
referência a um terceiro elemento oculto, no caso a mãe de família, mais uma vez vitimizada
Não tem carro, anda de carona

Estaria o eu lírico condenando uma prática tão ecológica como a carona ?
Ela anda sexy toda guapetona estrangeirismo que contextualiza o piriguetismo também em tierras hermanas 
Ela não é amante, não é prostituta, ela é fiel, ela é substituta apesar da rima pobre, parabenizamos o autor pelo insólito do raciocínio

refrão 2x

Em Governador Valadares ou Ilha do Governador ?, lá em Salvador,
Rio de Janeiro, Santos e Belô mais uma vez, o eu lírico demonstra ser politicamente correto ao mencionar nossa diversidade geográfica
todo mundo já conhece, sabe o que acontece clara alusão às redes sociais
quando vê a gente o eu lírico torna-se plural, auto-proclamando-se representante de toda uma categoria de machos dominados pelo hormônio ela se oferece aqui o eu lírico se justifica com uma alusão ao dito popular: de graça, até injeção na testa
Mexe o seu corpo como se fosse uma mola metáfora que remete uma vez mais ao movimento de vaivém do coito
dedinho na boquinha, a sucessão de diminutivos insinua a iniciação precoce da categoria, ou quiçá uma tendência do eu lírico à pedofilia ela olha e rebola
chama atenção, vem na sedução, essa noite vai ser quente alusão à morada do capeta, denotando a culpa do eu lírico ao imaginar que sua esposa deve estar assistindo à novela das oito
eu vou dar pressão
assonância com repetição de vogal anasalada (ã), reproduzindo o gemido do eu lírico durante o coito
Refrão

quinta-feira, 17 de março de 2011

Muóda

Dando prosseguimento à missão civilizatória que iniciei em minha última crítica cinematográfica, trago a vós uma vez mais a luz da verdade.

Também eu era uma iludida, irmãs Separadas. Como legítima representante da categoria hippie-chic, sonhava com um amplo closet abarrotado de vestidos como estes, para ocasiões mais informais:


Ou estes, para eventos vespertinos no golf club de Londres:


A revelação do dia, que chegou-me por intermédio de uma matéria jornalística, foi a seguinte: apenas nós, mulheres obnubladas, acreditamos que estes modelitos são de arrasar. Contribuiram na construção deste equívoco nossas mães, e como não poderia deixar de ser, nossos maridos. Ao nos fazerem acreditar que valorizam a elegância, nossos maridos têm a obscura intenção de ocultar sua índole primitiva (já discutida por nós em postagens anteriores). Ouçam, prestando muita atenção na letra:



Entenderam ?
Sacaram ?
Compreenderam ?



Convocação

S3, INFELIZ !!!!

Sua última postagem data de 14 de fevereiro. Isso é absolutamente inadmissível. Você esqueceu o significado da palavra coletividade ? Ou está com aquele surto que a S4 teve uma vez ("Não me sinto mais uma separada, me sinto uma mãe de família")? Ainda é medo de apanhar do namorado ?

Espana esse cérebro e escreve algo que preste aqui. AINDA HOJE.

S2 está perdoada, porque nunca foi de escrever muito, e está trabalhando mais do que as tecelãs da Revolução Industrial.

quinta-feira, 10 de março de 2011

O cinema e a separada

Amado povo da Separadolândia,

dirijo-me a vós para tecer mais um tedioso comentário crítico-cinematográfico, desta vez na esperança de obter maior repercussão, já que o objeto de análise é uma comédia romântica.

Falo de Esposa de Mentirinha, estrelado pela dupla Jennifer Aniston/Ben Stiller. Estou com preguiça de escrever a sinopse, então aqui vai o trailer:




Gostaria de ater-me a um único aspecto do filme, a mensagem principal: por trás de uma separada embagulhada pode ocultar-se uma mulher muito especial.

Jennifer Aniston faz o papel da separada com dois filhos problemáticos e ex-marido inútil, trajada sempre com roupas largas e tênis velhos. Seu valor só é reconhecido após um banho de Gucci - Tiffany - Prada - cabeleireiro, e depois que mostra seu corpo escultural conseguido à base de torturantes aulas diárias de spinning. Ben Stiller descobre que a ama, e no fim paira aquele clima de milagre: como uma criada separada com dois filhos emplacou aquele partidão benevolente e rico ?

Uma parte do povo de Separadolândia deve esperar que, nesse ponto, eu proteste contra o machismo e superficialidade do filme, desfiando discursos feministas do tipo "o importante é se amar", "abaixo a ditadura da beleza", "salto alto incomoda e sutiã também", "quem o barrigudo tedioso do Ben Stiller pensa que é pra faturar a ex-mulher do Brad Pitt".

Mas a outra parte clama pela verdade que aqui vai: HOMEM NENHUM ENCARA SEPARADA DE MOLETOM E TÊNIS VELHO COM DOIS FILHOS , minha gente.

Acorrei, Separadas, acorrei às academias de ginástica e liquidações ! Gastai o que não tendes, contraí dívidas, apelai às lojas de departamentos e, se necessário for, à escova progressiva ! Despertai a barriga tanquinho que subjaz ao tecido adiposo ! Caso contrário não encontrareis nenhum novo marido rico, e estareis fadadas à danação eterna da auto-suficiência (S4, pode por favor fazer a revisão dos tempos verbais ? Agradecida).

domingo, 6 de março de 2011

O carnaval das Separadas

A coisa tá mais ou menos assim:

A S3 não escreve mais desde que seu amo e senhor descobriu essas paragens. Está com medo de ser espionada e punida.

A S2 tá no borralho, em busca do vil metal.

A S4 anda meio baixo astral.

Eu to esperando o Birita's (pai do meu filho) ficar com ele algum dia desses, pra ver se consigo sair aqui de Alcatraz e jogar umas serpentinas pro alto num bailinho qualquer . Algo me diz que esperarei até o dia de finados.

Não tá fácil manter isso aqui sozinha, gents. Ainda mais num feriado com poucos acessos e nenhum comentário.

sexta-feira, 4 de março de 2011

quinta-feira, 3 de março de 2011

Surfistinha

Gents, esqueci de contar.

S3 e eu fomos assistir a Bruna Surfistinha, com o firme propósito de escrever uma crítica em nosso hpl blog.

Resumindo, o filme é tão tedioso que ficamos sem palavras. Pra quem tem a expectativa de ficar excitada, recomendo um pay per view. Até mesmo uma reprise de Sala Especial com o Nuno Leal Maia fará mais efeito. S3 mandou dizer que achou a Debs muito gostosa, e que sua atual meta de vida é ficar como ela (de fato, até o silicone ficou muito bem colocado). E eu gostaria de contar pra Debs que existe uma coisa chamada cristal japonês, à venda nas melhores farmácias. Se não encontrar, pode apelar pra boa e velha cebola. Se não der certo, dá aquela disfarçada, esconde o rosto com as mãos e esfrega um cuspe no olho sem ninguém perceber. O que não pode é se esforçar tão pouco, Debs, depois que a verdadeira Bruna ralou tanto o cu pra virar filme. Literalmente.

Mas não pensem as leitoras que vamos deixa-las de mão abanando. Leiam isso aqui:

entrevista com debs

Adoro especialmente essa parte: “É tão difícil encontrar um bom personagem feminino, não? Sempre cai na prostituta, ou na irmã, amiga, namorada, que acabam sendo personagens bem secundários. É muito difícil encontrar algo que realmente valha a pena”.


É mesmo, Debs. A Fernanda Montenegro sempre teve esse problema. Vida de atriz é muito dura, né ? Culpa dos dramaturgos, que nos últimos 1.500 anos não escreveram papéis significativos para atrizes do seu porte.

Pressão social

De acordo com nosso maravilhoso e instrutivo diagrama, a solidão leva à pressão social, e a pressão social leva à baixa auto-estima.

Vocês sabem do que estou falando, não sabem ? Seus amigos querem te apresentar a pretendentes especialíssimos, a família olha com piedade nos almoços dominicais. Todos te tratam como um caso para a ciência, afinal você é tão incrível que não pode estar sozinha.

Pois ontem, num encontro familiar, meu papá me vem com a seguinte pérola:

- Fui a uma vidente. Ela disse: sua filha está sozinha, não está ? Eu respondi que sim. E ela me disse que isso não vai durar muito, que você vai encontrar um homem muito bom ! Muito bom !

E ele sorri, cheio de esperança.

Desculpe desaponta-lo, papá, mas o máximo que essa notícia me provocou foi um SONO PROFUNDO. Porque eu, papá, já encontrei a saida para o diagrama da separada ! Sim, senhor, a pressão social não me leva à baixa-auto estima. A pressão social me dá vontade de fazer happenings assustadores, do tipo subir na mesa do restaurante, tirar a calça e fazer a dancinha da garrafa.
Mas eu não farei isso com você jamais, papá, porque respeito muito a sua preocupação. Limito-me a sorrir de volta e fingir que gostei da notícia, se isso te deixa feliz.