terça-feira, 24 de janeiro de 2012

sorry

Guéls,

Acabei de excluir minha postagem anterior. Peço-lhes desculpas. Fiz isso porque entrei no blog do AB1 e vi que ele havia ficado muito triste com o acontecido. E apesar deste blog ser anônimo, e de ele não saber que o blog sequer existe, me senti mal por ter exposto uma situação tão delicada.

Pra quem leu, é isso: fiquei com peso na consciência. Pra quem não leu, minhas sinceras desculpas!

Que a Força esteja com todas nós,

S3

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

2012, o retorno

Caras companheiras que se mantiveram fiel a este diário, apesar do imperdoável abandono:

Retorno das mais profundas catacumbas relacionais para anunciar a minha solteirice e a de S4, o casamento de S1 (Sim! Ela agora é uma ex-separada), e a lama de S2.

Prevejo boas histórias.

Que a força esteja com vocês,

S3

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A cura

Continuo cansada e ocupada, então contarei uma história em linguagem telegráfica. Vejamos se dá pra entender:

Viajei trabalho. Troquei muitos olhares George Clooney melhorado. Músico tímido. Jantar mesma mesa. Cadeiras distantes. Primeiro diálogo: tchau. Tchau. Dia seguinte aeroporto. Mudar ou não mudar passagem ? Não mudar. Roubada à vista. Bom senso venceu. Argh.

Vida de princesa 2

Wow. Grande personagem, grande publicação.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Olá

Estou aqui de passagem, apenas para justificar minha prolongada ausência. Percebam: hoje trabalhei das 8h30 às 20h30, cheguei em casa e tive que brincar de lutinha com meu filho, depois tive que supervisionar a lição que ele ainda não tinha feito, depois coloca-lo para dormir. O chuveiro estourou hoje e não me avisaram, assim como não me avisaram que o papel higiênico acabou. Então amanhã meu dia começará de novo às 6h30, sem banho quente e sem papel higiênico. Tenho tido o sono agitado, muitos sonhos, pouco descanso. Tenho esquecido coisas e nomes de pessoas. Não tenho falado o suficiente com os amigos. Não tenho tido forças para sair. Enfim, tenho consumido toda minha energia mantendo-me viva desde o amanhecer até a noite, utilizando toda minha cada vez mais escassa capacidade de raciocínio para o trabalho, que não é pouco. Reuni as últimas forças para escrever esta postagem, e estou prestes a desmaiar em cima do tecladoihhhhasdsllkzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz.

sábado, 16 de abril de 2011

Desjejum em meio ao caos

Tendo a me ver como uma pessoa razoavelmente compreensiva. Costumo tentar enxergar a razão alheia, tentar compreender motivações conscientes ou subconscientes por trás de atos destrutivos. Mas, quando me machuco (ou vejo alguém próximo se machucar) e não encontro explicações convincentes, guardo uma mágoa enterrada que às vezes nem eu sei que existe, mas que, se devidamente remexida, marchará pela terra como uma morta-viva.

Pois bem, há pouco aconteceu-me de reencontrar um homem que me fez mal. Há homens que te fazem mal e você esquece, pois eles perderam o valor que já tiveram (por exemplo, o casado infiel n/1, que hoje não me suscita nada, nem desprezo). Há homens que te fizeram mal e você não os culpa, pois sabe que se meteu na roubada de forma esclarecida (exemplo do casado infiel n/2 e último). E há homens que você pensa ter perdoado ou deixado pra lá, mas descobre que não conseguiu (caso do AB1, o artista boêmio prévio ao atual).

Reencontrei o AB1 numa situação social. Como não nos falávamos há tempos e sempre gostamos de rir um do outro, foi natural que passássemos a noite conversando. Tudo estava indo muito bem até que, ao fim da noite, ele: 1- pediu desculpas pelo que tinha feito comigo (acreditem, não foi legal), 2 - disse que eu era a mulher perfeita pra ele e 3 - afirmou que, quando o conheci, ele não era nem metade do homem que ele é hoje. Sim, ele havia mudado. Não, ele não me faria mal. Eu deveria largar o meu namorado e voltar correndo para os seus braços.

Olhei bem pro moço pra saber se ele acreditava no que estava dizendo, e achei que sim. Talvez o álcool o tivesse convencido. E, junto com a percepção de que ele estava sendo sincero (não honesto, mas sincero), me veio uma raiva, uma raiva desconhecida. "Você estragou tudo, seu bosta!", era o que eu queria dizer. Queria dar um soco no peito dele e gritar "Você estragou tudo! Tudo! Agora não há mais jeito!" como uma mulherzinha descontrolada de filme da Sessão da Tarde.

Mas eu simplesmente disse que não pretendia largar o meu namorado e me afastei. Depois, com a insistência dele, confessei que havia também um outro lado: a ferida deixara marca e a explicação "eu fui um idiota" não era suficiente. Nem se estivesse solteira reataríamos. Ele expressou grande frustração.

No dia seguinte, ele me liga. Com o tom completamente mudado pela falta de álcool no sangue, ele me fala algo banal e amigável mas sem carinho, como se para me alertar de que os sentimentos do dia anterior haviam desaparecido com a ressaca. Eu correspondo ao tom e nos despedimos rapidamente.

Minhas queridas, não se enganem: um homem egocêntrico será sempre um homem egocêntrico, e, no dia seguinte, ao lembrar-se que você lhe negou um beijo e do quanto ele se expôs, fará de tudo para não parecer por baixo.

Mas, cá com os meus botões, sabe o que eu penso? Que de vez em quando ele sofre por mim, e, quando isso acontece, o sofrimento se agrava por saber que ele pôde - e teve muitas oportunidades de - fazer as coisas de forma diferente. Não o fez porque não quis.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Comunicado Importante II

Amado e participativo povo da Separadolândia,

pelo poder a mim conferido como uma das 4 autoras desse blog, comunico-lhes que, a partir de agora, os comentários serão mediados.

Antes que nos comparem à ditadura cubana, avisamos que somos simpatizantes da anarco-monarquia.

Não apaguei os últimos comentários para que entendam nossa atitude extrema: as recentes participações do público abriram as comportas, de forma que até de "putas estragadas" estamos sendo chamadas.

Como funciona a vida real ? Você decide promover uma recepção no estilo Open House. Alguém entra na sala, abaixa as calças e dá uma bela cagada. O que você faz ?

a) Pede à pessoa que fez isso que nunca mais o faça, pois não é muito simpático cagar na sala alheia.

Vem a mesma pessoa, ou uma outra, e caga de novo. O que você faz ? Bate palmas e diz: isso mesmo, querido, sou uma milionária excêntrica e democrática feito a Peggy Guggenheim ? Não, você:

b) Chama o Jarbas, ele vem com um paninho e limpa tudo, você continua a sorver seu chá.

A pessoa caga de novo, outros se entusiasmam e o acompanham. De forma que não há Jarbas nem paninho que dê conta. O que você faz ?

c) Evacua (ops) a casa, contrata uma cooperativa de faxineiras que limpa tudo novamente, e adota o seguinte procedimento: na próxima recepção, só entram mediante convite.

Isso, num blog, se chama Moderação.

(Nesse ponto do discurso, a multidão já se acotovela diante do palanquinho anarco-real e começa a gritar: Ei ! Sua vaca estragada autoritária ! Quem você pensa que é ? Vai fazer terapia ! ).

S1 levanta as mãos pedindo silêncio e diz: acalmem-se, acalmem-se. Não terminei. Só apaguei todos os comentários depois do número 23, pois os insultos eram generalizados. Apaguei meus próprios comentários e os de minhas queridas S2, S3 e S4 o que denota meu caráter de inquestionável equanimidade. Não chamei ninguém de homossexual, e não tenho nada contra. Já namorei um e não tenho queixas (pelo contrário, foi o único homem que vi resistir ao teste da toalha molhada). Também me incomodaram as referências de alguns à espessura do pênis alheio. Isso é calúnia, pois a espessura só pode ser precisada in loco, mediante a utilização de um compasso ou pedaço de linha. Ao apagar preservei sobretudo a imagem do querido Anônimo, que ao que parece está virando alguma espécie de mártir popular.

Por fim, tranqüilizo o povo de separadolândia avisando que utilizarei todo meu bom senso e discernimento para não publicizar apenas aqueles comentários que considerar ofensivos, mantendo os saudavelmente polêmicos, do tipo "vocês são umas largadas frustradas e neuróticas". Esses nos divertem.

Espero que compreendam, leitoras fiéis. E peço desculpas se porventura tivermos ferido alguma suscetibilidade.

Atenciosamente,

S1

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Comunicado Importante

Amado povo de Separadolândia,

pelo poder a mim conferido, excluí todos os comentários da postagem anterior. Peço desculpas, mas pensei que uma visitante de primeira viagem poderia ficar muito mal impressionada e nunca mais voltar aqui. E isso seria por demais injusto, visto que nos dedicamos tanto para manter o chamado Nível.

Aproveito a ocasião solene para dar um aviso a nosso Anônimo Luso: pode participar quando quiser, desde que não utilize o blog como subterfúgio para aliviar sua carência de interlocutoras femininas. Percebemos que tem muito a dizer ao mundo, e sugerimos que crie seu próprio blog. Em resumo: ISSO AQUI NÃO É A CASA DA MÃE JOANA.

Com renovados votos de Peace & Love,

Atenciosamente,

Ísis

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Questão de princípios

Aqui abaixo, no post "Novidades", um anônimo fez um comentário que transcrevo a seguir:

"Pode ter certeza, se tudo der certo entre a S2 e sua paixão, ela vai abandonar vocês. Mulheres não cnseguem ser fiéis às mulheres e principalmente depois que encontram "O grande amor de sua vida". Tudo se repete continuamente. Se não der certo ela vai voltar correndo pros braços das separadas.Aguardem"


Criei outra postagem para comentar esse comentário, pois queria que ficasse visível para todos. Querido anônimo, este blog não milita por nenhum estado civil. Somos amigas, nos adoramos, e isso é bem mais importante do que um espaço virtual. Quando uma de nós sente que não é o momento de escrever não escreve, e outra de nós cobre o buraco na pauta. Se uma de nós quiser casar de véu e grinalda, as outras três estarão jogando arroz pro alto e rezando pra dar tudo certo. 


Acreditamos no amor. Acreditamos na lama. Acreditamos na solidão. Acreditamos até no casamento. Acreditamos em um monte de coisas de acordo com a necessidade do momento, acreditamos até naquilo em que não acreditamos, só pra não deixar a outra acreditar sozinha. ISSO é fidelidade entre mulheres. E ela existe sim, bem aqui, debaixo do seu nariz.

domingo, 10 de abril de 2011

Domingão

Hoje o dia foi longo, garotas. Beeeeeem longo. Com direito a três crianças brigando e bagunçando num carro na estrada, chuva fora de hora e um homem que precisava de elogios. Elogios sobre como educa bem seus filhos, sobre sua inteligência, sobre como escolhe o melhor caminho que não tem trânsito. Acontece que eu não estava com humor pra criança nem com vontade de elogiar ninguém.

Agora estou aqui na paz do lar. Assistindo CSI, reparando em como as plásticas dos atores deram errado, escrevendo no nosso blog, tomando uma cerveja e comendo Doritos sabor Sweet Chili (o que atrasará em alguns dias o êxito do meu Projeto Barriga Tanquinho).  Para muitos pode parecer uma vida miserável, mas me sinto bem nesse exato momento. Melhor que isso, só se estivesse no Estádio do Morumbi.

sábado, 9 de abril de 2011

Novidades

Enquanto eu me debatia em culpa por ter abandonado este blog por quase uma semana sem assunto, um assunto acontecia bem embaixo do meu nariz.

Sim, leitoras amigas, a senhora S2, desaparecida desde tempos imemoriais, está se enfiando numa nova empreitada. Lembram-se de Zipi, o primata que a deixou falando sozinha na noite de Ano Novo, não é mesmo ? Pois bem, S2 livrou-se dele com a velocidade da luz - o que comprova que esta discreta autora tem mais força de vontade do que todas as S juntas. Em seguida, lembram-se, desapareceu durante semanas em que dedicou-se ao trabalho escravo. E agora venho a saber, meio assim de passagem, que S2 está apaixonada.

Você telefona para a amiga que julga íntima num sábado à tarde, para combinar um programa com as crianças. Ela bebeu meia garrafa de vinho, fala mais rápido do que um trem descarrilhado. Ri descontroladamente de tudo. E no meio de um milhão de frases diz que "tem muita coisa rolando", que "está apaixonada", e que é tão sério que não quer nem falar a respeito. Arremata com a pérola: "preciso me centrar antes que as crianças cheguem". Ao fundo, ouve-se a ária de uma ópera italiana, daquelas bem trágicas.

É encrenca na certa, minhas amigas. E das grandes. Convido todas as leitoras a se juntarem a mim numa grande corrente de oração.

domingo, 3 de abril de 2011

Feijoada não !

Ontem encontrei-me com S3 e o namorado de S4, que ainda finge que não lê este blog. Embebedaram-me e convenceram-me a publicar aqui uma singela cartinha que recebi de um ex-namorado.

O sujeito em questão foi o último em quem apostei todas minhas fichas. "Ele enganou a todas nós", costuma dizer S4. O casamento parecia iminente. De fato seria, se eu não tivesse descoberto que tratava-se de mais um desequilibrado procurando em mim a tão sonhada estabilidade emocional. Foi difícil me libertar. O melhor sexo que tive na vida, sem dúvida. Mas quando se chega numa determinada idade, a luz da razão brilha tanto quanto o Santo Graal e você resolve não pagar para ver. Confesso que ele cavou a própria cova ao ler EM MEU COMPUTADOR, SEM PERMISSÃO, uma carta que eu enviara a um  antigo amor um ano antes. O sujeito ficou obcecado e revelou sua verdadeira natureza borderline: procurou a foto do ex na internet, fez uma montagem de mau gosto em Power Point, com frases da tal carta e corações, e mandou tudo pra mim. No melhor estilo filme de terror.

Meses após o rompimento, Fulano continuava a me escrever. E eu a não responder. Um belo dia, enviou-me esta linda mensagem eletrônica, com o enigmático título "FEIJOADA NÃO !":

Oi S1,

Tudo bom? Espero que sim.
Pensei em você nestes dias e deu vontade de falar, mas vias eletrônicas são tão tão ..., que deixei pra outra hora.
Mas na hora de fazer almoço, ainda a (sic) pouco, enxerguei tanto na casca de cebola como na folha de alface uma transparência que aparenta fragilidade mas que ao contrário disfarçam uma personalidade e uma força incrível. Inevitável lembrar de você. Então achei que devia te escrever em específico para pedir que torça por mim amanhã de tarde (12/09/2010). Será o enterro de Bakunin dentro da minha vida! Quem sabe ele ressurja com cores mais vivas e possa verdadeiramente se expressar. Mas de pronto é necessário matá-lo e no caso já estou mesmo é enterrando.
E você? Lindona como sempre! Tenho certeza! Seu filho tá bem na escola? E o  "derrapa mas não morde" de tua mãe, tá em ordem? Vendavais artístico-paternos em dia? 
Não precisa ficar respondendo tudo, claro. Aposto que você está bem. Espero que nunca esqueça do quanto desejo tudo de melhor e mais perfeito pra tua vida! Senti e sinto falta de conversar com você. Quando isso acontece mando um beijo pro céu e espero que ele alcance teus orixás.
Agora que desejo sua torcida mando um beijo eletrônico também.
Beijo,
Fulano


Livrei-me ou não de uma encrenca ?