sábado, 25 de dezembro de 2010

Um Conto de Natal 3/3

Durante todo o trajeto, A repousou a cabeça no colo de B. Entramos no vilarejo receosos, pois não sabíamos que fim havia levado o troglodita depois de ter sido espancado. Levamos A para nossa casa, e fomos chamar seu padrasto. Enquanto isso, o destemido B avistou o agressor no bar da família de A. Como faria qualquer espírito nobre e trouxa, chamou a polícia. O padrasto de A escoltou-a até o bar, onde se encontraria com seu agressor para conversar.

SUSPENSE. O que você, leitora, acha que aconteceu ?

Na manhã seguinte, A telefonou para contar o desfecho da história a minha boa e inocente madrasta. Segundo ela, o pobre jovem troglodita não se lembrava de nada do que tinha acontecido. Como mencionei antes, tratava-se de um rapaz de boa índole, que inclusive auxiliara o filho de A a livrar-se do pesadelo das drogas. Minha madrasta explicou que seria conveniente procurarem um psiquiatra, já que tais ausências poderiam denotar, por exemplo, uma psicose. A respondeu: "sabe, acho que vamos ficar juntos. Gosto tanto dele, e ele de mim. Tudo vai ficar bem."

Que bom que o espírito natalino abençoou este casal, não é mesmo ? Depois tem gente que não acredita em papai Noel.

PS: a polícia nunca chegou, ainda bem. B deve estar chutando latas pela praia. Não se preocupe, alma nobre, a estrela de Belém deve estar te reservando alguma boa surpresa !

MORAL DA HISTÓRIA: o amor tem razões que a própria razão desconhece, mas que A e Suzana Vieira conhecem muito bem.

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