sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O Piriguetismo e a Separada

A separada, não sendo uma solteira qualquer, costuma aparentar menos piriguetismo do que a companheira que nunca casou. Isso se deve ao fato de que, por anos, ela acreditou que suas outras qualidades eram as causas do seu (até então) bem-sucedido casamento: sua inteligência, senso de humor, dotes culinários, beleza selvagem, coragem e independência eram o que faziam o falecido marido desejá-la como esposa. A-há! Aí se encontra a arapuca.

Na verdade, essas qualidades eram mais do que desejáveis. Mas o real desejo do seu marido, aquele que ele escondia em um armário mais profundo do que o do Tom Cruise; aquele que ele sequer sussurrava para ele próprio, mesmo quando completamente só e no escuro; aquele que só lhe vinha em sonhos cifrados, cheios de símbolos psicanalíticos, era nada mais, nada menos do que isso: Ele queria que você fosse uma pi-ri-gue-te.

Sim, ele queria. Queria, sim. QUERIA.

Mas nunca teria a coragem de admitir.

Nós, que conhecemos a vida Antes-Durante-Depois do casamento, temos o dever de alertar as nossas Amigas Casadas: mesmo sendo a Lou-Andreas Salomé, a Angelina Jolie, a Frida Kahlo ou a Michelle Obama, você sempre correrá o risco de ser chifrada com um animal desta abundante espécie:











Que a Força esteja com vocês,

S3.

Um comentário: