quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Diálogo Platônico 1

Encontraram-se as alegres autoras deste humilde porém limpinho blog para discutir, num Banquete virtual, a reincidência da Separada no casamento. O Diálogo foi fomentado por uma de nossas mais assíduas leitoras (doravante denominada L1), cujo testemunho lapidar sobre o casamento foi recentemente publicado por estas bandas.

Imaginem-nos trajando togas airosas, comendo cachos de uvas verdes, bebendo vinho e sendo abanadas por bem dotados e mudos escravos.

L1:
Das fantasias heterossexuais de uma separada casada pela 2a vez ou da
leitura sexual dos homens no metrô de São Paulo
- homens diáfanos (amantes calmos e dedicados)
- homens barbados e grandes (amantes vigorosos e românticos)
- homens atléticos e bronzeados (amantes fortes e delicados)
- homens silenciosos (amantes sem pressa)
- homens mais velhos (melhores amantes)
- homens mais jovens (amantes com botão de reload)

S2:
Separadas casadas pela segunda vez são otimistas e românticas! Se eu conseguir manter meu otimismo e romantismo é possível que me case pela segunda vez, então. Ah! E preciso tirar todas essas agulhas do meu quadril, também... (comentário hermético).


S4:

Separadas que se casam pela segunda vez não são otimistas nem românticas! é gente evoluída que deixou essa besteira de romantismo de lado e arranjou um homem para dividir as despesas e os problemas.

S1:
Falou e disse, S4.


S2:
Acho que não acho isso não... será?


S4:

Acho que eu também não acho... mas estou tentando!


S2:

Eu com certeza não me casaria novamente com um homem para dividir despesas e problemas. Casar e se manter casada dá muito trabalho! Casaria com um homem se passasse meses, anos tendo a sensação que ele é a pessoa perfeita para mim. Sou bobinha sim. Claro que isso só acontecerá com alguém que não seja um duro e se preocupe com meus problemas mas isso é só uma parte, não é suficiente mesmo! C A S A R! Mas eu só fiz esse comentário porque ando pessimista e depressiva e pensaria assim, olhando os homens no metrô:
- homens diáfanos (delicados demais, gays)
- homens barbados e grandes (pau pequeno, feijãozinho cozido, nem
passa pela portinha...)
- homens atléticos e bronzeados (gays)
- homens silenciosos (problemas sexuais graves, virgens)
- homens mais velhos (brochas, um em mil pode valer a pena)
- homens mais jovens (péssimos amantes, ejaculação precoce)
era uma brincadeira...


S4:
homens no metrô
- homens diáfanos (uma vibração efeminada... sensível. presa fácil. Mas depois  vai querer casar... problema).
- homens barbados e grandes (Loucos. Dados a surtos psicóticos. Não falam nada com nada. Ah, os melhores).
- homens atléticos e bronzeados (Nem pensar. Vai cometer algum erro de concordância na hora AGÁ!).
- homens silenciosos (deprimidinho... adora um cafuné... Vai se apaixonar e ficar te perseguindo por meses. Não!).
- homens mais velhos (até 50, né?).
- homens mais jovens (deve funcionar pelo menos...).


S3:
E cá está o meu:
- homens diáfanos (não. odeio gente sensível)
- homens barbados e grandes (sim. cheiro de pêlos. sim)
- homens atléticos e bronzeados (sim, só por uma noite)
- homens silenciosos (sim. a burrice que confundimos com introspecção)
- homens mais velhos (não)
- homens mais jovens (sim)


S1 (acrescentado posteriormente, já que durante o diálogo estava ocupada demais sendo a escriba):
- homens diáfanos - sim, entregam-se com verdade.
- homens barbados e grandes - sim, fazem cócegas onde é preciso.
- homens atléticos e bronzeados  - sim, se não tiver nada melhor por perto.
- homens silenciosos - sim, sabem bater com jeito.
- homens mais velhos - sim, porque sim.
- homens mais jovens - sim, gostam de aprender.


S2:
Tô péssima, hein?! Totalmente desequilibrada. Imaginei jovens de 16 anos e velhos de 60, homens horrendos com meias fedorentas e unhas encravadas... Confesso que zipi acabou um pouco comigo. Apesar de toda a brincadeira, eu ainda estou superando o trauma. Por um futuro melhor para mim!!!!!


S3:
Eu também imaginei jovens de 16 anos.


L1:
Adorei, adorei. E, olha, a princípio, a separada que se casa pela segunda vez chega a esse ponto por paixão doentia/resignação pós sete anos de coito (ou não)conjugal. Nada de diferente. Nada de superação de romantismo. E nada de homem perfeito.


Erguemos nossas taças num brinde, entornamos tudo. Estalamos os dedos, os escravos vêm nos alegrar (apesar de não entenderem o que é metrô, já que naquela época só existiam bigas).
 
FIM DO PRIMEIRO DIÁLOGO

11 comentários:

  1. Meu Deus... isso é genial! Um novo Banquete!

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  2. "fazem cócegas onde é preciso" foi ótimo.

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  3. ah... bem dotados e mudos escravos... e com linguas enormes também.

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  4. Feliz era o meu avô: nordestino e machista.

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  5. Colocações bem perspicazes, mas acho que foi esquecido um detalhe fundamental: a intersecção entre todas essas categorias (sim, apesar de desacreditado e cada vez menos cotado no mercado, o nosso gênero mátcho tem lá suas nuanças). O atlético-barra-velho, o jovem-barra-diáfano, enfim. Então, como leitor fiel e discreto, eu lhes pergunto - mais por curiosidade do que por vaidade - que potencial pode ter um barbado-grande com tendências ao silencioso.

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  6. Um barbado-grande silencioso? Enfim, um sonho que se realiza...

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  7. De acordo com a definição de S3: um burro com cheiro de pelos.Do jeito que ela gosta.
    De acordo com minha definição: faz cócegas e bate com jeito. Hehe.
    Agora ... atlético-barra-velho não dá pra encarar.

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  8. homens sem barba para mim são praticamente mulheres. não dá... e uma boa barba desculpa quase tudo... QUASE tudo.
    é por isso que eu ando em uma angústia...

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  9. ja ja chicas me encanto desde argentina las felicito, sinceramente gustaria del viejo lleno de experiencia pero dulce y cariñoso aunque bien silencioso... muy bueno

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  10. estou presa em uma daquelas placas-prisão que flutuavam pelo espaço no primeiro "super-homem", só que minha placa é peluda dá choque. hospício flutuante.
    alguém sabe do que estou falando? o gene hackman era o lex luthor...

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