sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A Separada Caçadora ou "A fila anda!"

Mais uma para as categorias da separada:


A separada caçadora é aquela que, desde o triste fim de seu casamento, começou a ver o lado bom da vida. A solteirice cai-lhe como uma luva e a palavra compromisso causa-lhe urticária. Seus momentos de solidão são logo resolvidos por um telefonema.


A logística da vida de uma separada caçadora é muito complexa. Por trabalhar com uma grande variedade de "fornecedores", é fácil atrapalhar-se aqui e ali em questões da vida cotidiana. Quando você não sabe quem você convidou para o show de sexta, para quem contou aquela história triste de infância, ou com quem foi ao cinema na quarta-feira, você está vivendo um dos maiores dramas da SC.


A separada caçadora é o terror das casadas, que a consideram uma ameaça. Muitas vezes, ela o é. Um dos perigos de ser um SC é alienar as fêmeas comprometidas, que nunca irão à cozinha buscar uma nova garrafa de vinho enquanto uma SC e o marido conversam na sala.


Apesar do aparente glamour, há algo de desesperado na separada caçadora. A juventude que a abandona, aliada à desilusão causada pelo casamento falido, transforma a sua vida em um "salve-se quem puder" libidinoso. A vida libertina dá-lhe satisfação momentânea, mas sofre às vezes pela falta do amor profundo. A dualidade da separada caçadora se dá nos inconciliáveis desejos pelo estímulo constante da diversidade e pela tediosa tranqüilidade da relação estável. Nessa questão, a SC opta pelo campo de batalha, ciente de que a plena felicidade conjugal é, para ela, alvo inalcançável.

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