segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Diagrama da separação

De tempos em tempos, é necessário retomar o propósito original deste blog e reafirmar: não somos Sex in the City, não somos Bridget Jones. SOMOS SEPARADAS. E isso muda tudo.

Nas reuniões primordiais entre nós 4, concebemos este elucidativo diagrama. Façamos então o seguinte exercício de auto-ajuda:

Olhe bem para as bolinhas e descubra em que ponto você está. Agora olhe para as flechas e descubra onde vai parar. Lute, companheira, lute contra o inevitável ! Quem descobrir a saída do labirinto ganha um doce.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Aniversário

Queridas(os) leitoras(es),

no dia 21 de agosto de 2010 publicamos nossa postagem inaugural. Peço que a releiam, por favor.

Seis meses e 14.475 visualizações de página depois, temos a sorte de te-las(os) - gente, é muito sacal isso de as(os), perdoem-me os machos mas vou de "as", imaginem-se de saias - a sorte de te-las, dizia eu, como leitoras constantes. Não imaginamos quantas são, temos 24 seguidoras e um seguidor declarados.

Vocês gostam do nosso blog, não gostam ? Então, como presente de aniversário de seis meses, reiteramos nosso pedido: divulguem, companheiras, divulguem. Propaguem a Palavra ! Espalhem aos quatro ventos ! Contamos com vocês.

Abraços das suas companheiras

Separadas

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A day to remember

Queridas amigas, queridas leitoras,

Como estou aqui mofando, escrevo para compartilhar com vocês as grandes emoções dos últimos dias. O relato é longo, mas garanto que vale a pena.

Ontem eu tinha dois promissores programas. Um almoço com o Casado Infiel nº 327, em quem eu havia dado um ultimato para que me comesse na sobremesa, e o jantar com outro velho amigo que de vez em quando também presta serviços neste sentido. Enfim, o dia prometia.

Vamos ao primeiro desencontro: reservei o horário das 13h às 16h para o meu almoço prolongado com o CI. Ele reservou das 12h às 15h30. Só esquecemos de contar um ao outro os horários que havíamos reservado. Ele enviou-me torpedos dizendo que me buscava às 12h, e eu não vi. Atrasei-me e encontrei-o às 13h40. Almoçamos bem, demos risada de nossa auto-sabotagem, e chegamos à conclusão de que ainda seremos felizes um dia. Mais uma vez ouvi um discurso sobre o medo que ele tem de se apaixonar, porque sou uma mulher sensacional que une atributos únicos em um mesmo corpozzzzzroinc. E fui-me embora sem sexo.

Muito bem.  

Para sair para o jantar, precisei apelar para minha adorável mãe. Enquanto me arrumava no banheiro ela entrou, fechou a porta e me disse barbaridades. Eu respondi à altura e, de saida, estraguei minha noite. Assim que entrei no carro do meu acompanhante desatei a chorar, e quase não falei por meia-hora. O rapaz não desanimou, pois estava planejando o jantar havia meses. Fez muita propaganda sobre a exótica comida, e rumou decidido para o outro lado da cidade.

Chegamos, então, ao Clube Escandinavo de São Paulo. Em poucas palavras, um portal para o universo paralelo. Um pequeno salão tão aconchegante quanto um restaurante por quilo, mesas com toalhas em xadrez azul, retratos dos reis dos países escandinavos nas paredes, um velhote barrigudo de peruca nos recebendo de braços abertos e Abba tocando a todo vapor. Além de nós, apenas mais dois casais e um homem sozinho. O velhote nos conduziu à mesa das comidas, para explicar o "procedimento tradicional".

Imagino que vocês nunca tenham ouvido falar do Smorgasbord. Eu também não tinha. Visualizem então uma mesa cheia de pratos de arenque defumado, todos com molhos à base de maionese Hellmans e creme de leite, e sabores variados. Arenque sabor mostarda, arenque sabor xerez (na verdade era ketchup), arenque sabor curry, arenque sabor iogurte com ervas, arenque sabor arenque, e também arenque frito. Além disso, um outro prato de beterraba ralada em conserva com carne de siri (leia-se kani) e maionese, muita maionese. Do lado de lá, conserva de pepino, conserva de beterraba, conserva de cebola, maionese de batata. 

O velhote sorri e diz: "tem que pegar um pouquinho de cada. Sugiro que comam com bastante calma".
Meu acompanhante sorri e diz: "já estou com água na boca".
Eu sorrio e penso: "puta que o pariu, vou precisar de um litro de Alka-Seltzer".

Volto à mesa com meu prato composto de pequenas porções de oito tipos de arenque, mais a papa de beterraba com kani. Cada mordida um transporte às terras geladas da Suécia. Penso então que qualquer borracheiro da Vila Ré deve ser mais requintado que os reis que sorriem para mim na parede. O velhote traz à mesa um copinho da típica aguardente de batata, que tem gosto de xarope pra tosse. Eu tento não transparecer meu desespero.

Eis que a paz do aprazível local é perturbada por gritos histéricos de uma das presentes:

- (ler com sotaque pernambucano): FURLANE ! FURLANE ! FALA COMIGO, FURLANE ! SOCORRO, MEU MARIDO TÁ MORRENDO !

Furlane, um outro velhote degradado, estava desacordado e branco como um lençol. Todos correm. Eu peço à visigoda que faz a comida que chame o SAMU. A mulher de Furlane faz respiração boca a boca. E Furlane volta à vida, vomitando litros de uma gosma de oito tipos de arenque processados (devo dizer que o tom predominante foi o rosé, acho que ele mandou ver na beterraba). O vômito sai sem fazer barulho, o que deixa a cena mais nojenta ainda. Furlane olha para o alto e diz: "acho que comi demais". Chega um carro da delegacia em três minutos, e leva Furlane ao hospital. O velhote e a visigoda estão abaladíssimos.

Retornamos então à mesa, e meu acompanhante VOLTA A COMER ARENQUE. Sim, senhoras e senhoras, ele volta a comer arenque. Eu limito-me a mastigar meu pãozinho preto com manteiga, lutando contra a desolação. Depois de uns vinte minutos, vamos embora. Para que a noite seja menos deprimente, peço para parar em um bar de gente normal e tomar uma cerveja. Entorno também uma cachaça de qualidade, autenticamente brasileira. Depois peço para ser deixada em casa, expulso minha mãe, e fico só com minha azia e meu travesseiro. 

E sem sexo, mais uma vez.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

chamado público

Olá! (a a a a)

Olááá!? (a a a a a a)

S2? (ois ois ois ois)

S4? (atro atro atro atro)

Tem alguém aí??? (aí aí aí aí)


Vocês poderiam ajudar a ATUALIZAR o blog, por obséquio???

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Uma anedota e um alerta

Primeiro, a anedota:

Estava meu namorado AB passando as férias em Salvador, quando descobriu que, lá, a latinha da Skol era chamada de piriguete. "5 piriguetes pelo preço de 4", ele leu, aturdido, até que pudesse fazer sentido da situação. Pois bem. Em uma festa de rua, uma mocinha se aproximou dele e começaram a conversar. Quando a cerveja que estava em suas mãos acabou, ele disse a ela: "Vou lá pegar uma piriguete e já volto", ao que ela rapidamente respondeu: "Se não der certo, eu estou aqui, viu?"

E um alerta:

Alguns dias atrás telefonei para o AB, que me tratou muitíssimo mal. Sem entender o que estava acontecendo, perguntei-lhe o porquê daquele tratamento. E ele me respondeu: "Achei no histórico do meu computador o blog Diário de uma Separada. E li tudo o que você escreveu sobre mim." Então, queridas, aprendam com o infortúnio da tia S3: NUNCA NUNCA NUNCA use o computador da casa do seu namorado, peguete, amigo colorido ou amante para atualizar seu blog-escracho. Amar com sarcasmo é uma exclusividade feminina.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Resenha psicanálise 1,99

Após um jejum de alguns dias sem escrever, ocasionado pela constatação de que pouco tinha a dizer ao mundo, retorno animadíssima para registrar minhas impressões sobre o filme do momento: Cisne Negro.

En bref: diverti-me acompanhando os debates do mundo do balé a respeito da veracidade ou não do retrato cinematográfico. Uma revista semanal chegou a convidar duas diretoras de companhias de dança para emitirem suas opiniões. A dança é assim, a dança não é assim, blablabla.

Ora, senhoras e senhores, em verdade vos digo: Cisne Negro não é um filme sobre balé. É um tratado sobre a HISTERIA.

Percorri diversos sites em busca de uma definição simples do transtorno, que pudesse esclarecer os (as) queridos (as) leitores (as). Aliás, fiquei horrorizada com a falta de domínio da língua portuguesa apresentada pelos estudantes de psicologia. Encontrei diversos artigos de professores e formandos, muitos dos quais repetiam o mesmo trecho, originado Deus sabe onde. Eis aqui a versão da Página de Freud, de Maria Helena Rowell, que me pareceu a melhor e mais sintética:

A histeria é uma psiconeurose cujos conflitos emocionais inconscientes surgem na forma de uma severa dissociação mental ou como sintomas físicos (conversão), independentemente de qualquer patologia orgânica ou estrutural conhecida, quando a ansiedade subjacente é 'convertida' num sintoma físico.

- Mas se o filme não é sobre balé, por que então escolheram o balé para desenvolver o tratado ? - perguntarão os(as) leitores(as) mais sabichões(onas)...

Ora, porque para ilustrar a histeria precisamos, classicamente, de uma mulher. Jovenzinha. Reprimida. Que use o corpo para manifestar a ansiedade subjacante. E isto combina muito com uma bailarina bulímica cuja mãe saiu de algum filme de terror. 

A grande inspiração do diretor (ou do roteirista, ou dos dois, que podem inclusive ser a mesma pessoa) foi contextualizar tudo no dilema da artista que não consegue transcender o formalismo excessivo para extravasar sua subjetividade. Ora, tome uma mocinha reprimida, confronte-a com um diretor visivelmente bem dotado, que repete à exaustão que ela precisa se liberar. O que acontece ? Ataques de histeria dissociativa, com a típica oscilação entre o comportamento angelical e esfregações de animal no cio. Ou, em outras palavras: um filme de terror psicológico. De quebra, a gente ganha umas cenas de homossexualismo feminino que não são de se jogar fora. E de vez em quando umas cenas de balé. 

Recomendo. 

Moral da história: sexo faz bem à saude física e psíquica. Pratiquem.





sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Foi

Gente, voz de chipmunk é uma merda, e se a música é cantada a cappella por alguém que não sabe cantar, ainda pior, mas era o único jeito!

Segue o link para a Canção do Canalha (protejam seus ouvidos):


Lembrem-se que a letra está no post abaixo.


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Canção do Canalha

Um dia, quando minha amiga S4 se deixava levar por um homem especialmente imbecil, compus uma música que chamei de Canção do Canalha.


Gravei-a no Garage Band, alterei a minha voz para não ter a identidade revelada (coloquei voz de Chipmunk), e estou há três dias tentando colocá-la aqui, sem sucesso.


Será que alguma leitora mais conectada ao mundo internético poderia me dar uma ajuda?


Segue a letra:


Se o canalha te ligar mais uma vez
Não atenda, pense bem, conte até três
Não existe fundamento para tanto sofrimento
E esse cara nunca prestou, isso é certo, não talvez

Se um dia o canalha te ligar mais uma vez
E você pensar ser possível dar mais certo que a outra vez
Ouça-me
Ouça-me

Jogue foras as roupas que ele deixou
Faça um ritual, um drama, faça um show
Não se faça de coitada e dê-lhe logo a bofetada
Pois agora ainda é tempo de marcar um novo gol

Se um dia o canalha te disser que ele mudou
Seja gentil, segure o riso, fale que o tempo passou
Ouça-me
Ouça-me

Sabe a receita pra melhor saída?
Muito álcool, muito riso, muita amiga
Dê o troco se puder, mas a vingança de mulher
Não é afoita, é curtida como couro, quem duvida?

Se um dia o canalha te oferecer bebida
Aceite sim e a repasse ao novo macho da sua vida
Ouça-me

Ouça-me